Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o processo de incubação é um dos mais eficazes mecanismos de formação de empresas. Estatísticas norte-americanas e europeias confirmam isso: a taxa de mortalidade de empresas que passam por incubação é de 20%, enquanto entre as demais empresas vai a 70%.
Dados do Sebrae revelam que 49,4% dos micros e pequenos negócios desaparecem antes de dois anos de atividade. Essa percentagem sobe para 56,4% se o prazo for de até três anos, e para 59,9% até quatro anos. Segundo a Anprotec, quando as empresas passam pelo processo de incubação, esses índices se aproximam dos europeus e norte-americanos.
A Anprotec credita o crescimento do número de incubadoras de empresas no Brasil ao reconhecimento de que elas são instrumentos de política de desenvolvimento setorial e produtivo.
“O papel das políticas públicas é muito importante em todas as experiências analisadas, mesmo nos sistemas descentralizados como o dos Estados Unidos. Essa presença governamental tem fundamento no reconhecimento das incubadoras de empresas como mecanismo de aceleração do crescimento de empresas emergentes inovadoras”, avalia a associação.
Esse reconhecimento se traduziu, nos últimos anos, em programas de incentivo e fomento ao empreendedorismo e à inovação tecnológica, como a Política de Desenvolvimento Produtivo, o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (2007–2010) e o Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI), criado em 2009.
O governo também implantou o Sistema de Acompanhamento de Parques e Incubadoras, no Portal Inovação (www.portalinovacao.mct.gov.br), que dá acesso a informações e indicadores de desempenho das incubadoras e das empresas incubadas de forma padronizada. Já Anprotec e Sebrae estão implantando o Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), cujo objetivo é ajudar a melhorar e ampliar o alcance das incubadoras.
Segundo a Anprotec, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e suas agências de fomento já disponibilizaram R$ 53,5 milhões, entre 2003 e 2011, para 341 projetos de empresas incubadas. Em 2011, o MCTI contemplou 28 incubadoras de empresas com R$ 6,5 milhões.
Fonte: https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/incubadoras-de-empresas-no-brasil/incubadoras-de-empresas-processo-de-incubacao-e-programas-de-incentivo-a-inovacao-tecnologica.aspx
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